O Tribunal da Relação recusou devolver a Vítor Escária os 75.000 euros que, em novembro de 2023, foram apreendidos ao então chefe de gabinete do ex-primeiro-ministro António Costa.
O mesmo pedido já tinha sido feito ao juiz de instrução criminal que, em julho, também rejeitou devolver o montante por considerar que havia indícios de recebimento indevido de vantagem.
De acordo com o despacho citado pelo jornal Público, os desembargadores entendem que a quantia guardada em dossier ou caixas de garrafas de champanhe é suscetível de levantar suspeita de prática de crime, sobretudo se o alvo das buscas não conseguir explicar a proveniência.
O antigo chefe de gabinete de António Costa terá inicialmente dito que apenas lhe pertencia uma parte do dinheiro e terá mudado de versão no primeiro interrogatório, dizendo que os 75.800 euros eram provenientes de trabalho de consultoria em Angola.
Vítor Escária é arguido na Operação Influencer e tomou posse há uma semana como diretor do Instituto Superior de Gestão.
Esta segunda-feira, o Ministério Público arquivou o inquérito por violação de segredo de Estado que tinha aberto após ter sido apreendida, na mesma operação, uma 'pen-drive' com uma lista de agentes dos serviços de informação no gabinete de Escária.