O nascimento de uma bebé numa rua do Carregado no início da semana, levou o Presidente da República a pronunciar-se novamente sobre a crise na saúde. De férias no Algarve, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou a promessa feita há um ano por Ana Paula Martins.
“Foi prometido pela senhora Ministra da Saúde que faria o que estivesse ao seu alcance para resolver problemas relacionados com a obstetrícia e ginecologia, nomeadamente em termos de serviços de urgência. Vamos ver se até ao fim do verão”, disse o chefe de estado português.
“Ninguém acredita. Obviamente que os problemas do Serviço Nacional de Saúde, da ginecologia e obstetrícia neste caso em concreto, mas de todas as outras áreas da saúde tendo em conta o estado atual e a degradação que tem existido neste últimos anos se possa resolver em duas ou três semanas”, afirma Carlos Cortes, bastonário da Ordem dos Médicos
“É mais do que evidente que isto não se vai resolver até ao fim do verão: E aqui os responsáveis são Luís Montenegro e Ana Paula Martins que faltaram à verdade à população e ao país quando há um ano disseram que este verão a situação ia estar melhor. A situação não está melhor”, disse Joana Bordalo e Sá, presidente da Federação Nacional dos Médicos
O Bastonário da Ordem dos Médicos aponta para falta de organização no Serviço Nacional de Saúde. O caso recente de uma grávida que teve a filha na rua leva os profissionais a pedirem o apuramento de responsabilidades
Carlos Cortes reafirma que há médicos suficientes em Portugal que não estão no SNS. Diz que são necessários incentivos para que os profissionais de saúde queiram trabalhar no público.