Face à polémica, o Ministério da Defesa português veio esta segunda-feira garantir que Portugal não teve qualquer envolvimento, direto ou indireto, nas ações militares norte-americanas.
Em comunicado, o Executivo esclareceu que a atividade na base aérea açoriana decorre no quadro do Acordo de Cooperação e Defesa entre Portugal e os Estados Unidos, sublinhando que qualquer utilização da infraestrutura por forças estrangeiras exige autorização prévia do Estado português, e que essa autorização foi pedida e concedida no passado dia 18 de junho.
O Ministério confirmou também a presença de doze aviões norte-americanos de reabastecimento em voo, acompanhados por 600 militares. As aeronaves estiveram estacionadas na Base das Lajes desde quinta-feira e, durante esta segunda-feira, foram reabastecidas e preparadas para regressar aos Estados Unidos.
Estas operações, garante o Governo, foram de natureza logística e rotineira, destinadas a apoiar aviões de combate como caças bombardeiros, mas sem envolver diretamente meios de combate norte-americanos a partir do território português.
O Governo sublinha ainda que não há registo de passagem de aviões de combate pela base nos últimos trinta dias, e que não recebeu, além deste pedido específico e tramitado "pelas vias regulares e adequadas", qualquer outro contacto por parte das autoridades dos EUA.
Neste momento, a base funciona sob um regime que indica um estado de prontidão elevado, geralmente relacionado com exercícios ou missões com objetivos específicos, e não necessariamente com envolvimento em combates ativos.