O Ministério Público (MP) acusou 13 pessoas de terem enganado pelo menos 150 pessoas com anúncios falsos de venda de bens ou veículos e arrendamentos para férias, imputando-lhes vários crimes de burla, entre outros.
O MP refere que, por despacho datado de 28 de maio, acusou o grupo pela prática de diversos crimes de burla e burla qualificada, falsidade informática, uso de documentos de identificação e branqueamento.
No total, o ministério acredita que o grupo fez mais de 150 vítimas e causou prejuízos superiores a 41.247,50 euros.
Segundo o texto, o organismo "considerou fortemente indiciado" que os arguidos entre abril de 2021 e julho de 2024 "dedicaram-se à sucessiva criação e publicação de anúncios falsos em plataformas digitais, para venda de bens e veículos ou para arrendamentos para férias".
Os arguidos criaram vários perfis falsos em redes sociais e publicaram anúncios fictícios com contactos telefónicos não identificados e, "após contacto das vítimas, exigiam-lhes o pagamento do preço do bem ou a entrega de adiantamento para garantia de reserva do arrendamento".
Os valores pagos eram creditados em contas bancárias que os arguidos dominavam, tendo usado um total de 21 contas bancárias.
"Por vezes, para credibilizar os anúncios, exibiam documentos de identificação dos titulares das contas bancárias e/ou identificavam-se como tal", lê-se no despacho.
Três dos arguidos vão responder a este processo em prisão preventiva.