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Homem que morreu queimado em Ponte de Lima pode estar envolvido em incêndio suspeito em fábrica de lanchas

A Polícia Judiciária está a investigar uma possível ligação entre este caso e um incêndio numa fábrica de lanchas rápidas em Vila Nova de Cerveira, ocorrido na mesma noite.

Márcia Torres

José Vaio

Lúcia Amorim

Um homem com queimaduras graves morreu na madrugada desta sexta-feira, depois de ter sido abandonado à porta de um hospital em Ponte de Lima. A Polícia Judiciária está a investigar uma eventual ligação desta morte a um incêndio ocorrido numa fábrica de lanchas rápidas em Vila Nova de Cerveira.

O homem foi deixado à porta das urgências cerca de 10 minutos depois da meia-noite, por um carro que desapareceu logo a seguir. Tinha entre 35 e 45 anos, não possuía qualquer documento de identificação e não seria português.

A Unidade Local de Saúde do Alto Minho confirmou o abandono do homem à porta do Hospital Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima. A Polícia Judiciária de Braga está a investigar as circunstâncias da morte.

Incêndio em fábrica de lanchas na mesma noite

A investigação poderá estar ligada a um incêndio ocorrido na mesma noite numa fábrica de lanchas rápidas, na zona industrial de Campos, em Vila Nova de Cerveira.

O fogo consumiu uma parte da empresa de embarcações, que pertence a um espanhol. O alerta para o incêndio foi dado uma hora depois de o homem ter sido deixado nas urgências com queimaduras graves no corpo.

Não está descartada a suspeita de que o indivíduo tenha sido o autor do incêndio. Segundo a GNR de Viana do Castelo, foram encontrados no local indícios de fogo posto.

A produção de lanchas rápidas, embora esteja associada a várias investigações de narcotráfico, é permitida por lei em Portugal. No entanto, uma fonte próxima da investigação garante que, até ao momento, não há indícios que sustentem suspeitas de tráfico de droga.

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