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Partidos lançam farpas em pré-campanha, Marcelo deixa aviso sobre PRR

Enquanto os partidos entram no espírito de pré-campanha, lançando farpas em ações de rua, o Chefe de Estado está preocupado com a execução do Plano de Recuperação e Resiliência.

Hugo Maduro

O Presidente da República afirma que vai manter-se atento à execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).Marcelo Rebelo de Sousa lembra que um governo em gestão pode e deve continuar a aplicar os fundos comunitários. O aviso acontece num momento em que o ambiente político começa a crispar-se ainda mais.

Está aberta a época das provocações. “Para nós, vão ser mais rosas. Espinhos vão ser para o outro”, disse Pedro Nuno Santos, líder do PS, numa ação em Braga, já em clima de pré-campanha.

Para já, não há resposta de Luís Montenegro, mas não há de tardar.

E, com eleições à vista, o Presidente da República foi à Bolsa de Turismo de Lisboa, a maior feira de turismo do país, e não foi só para picar o ponto. Quer afastar problemas que a crise pode trazer e garante o mesmo tratamento a Montenegro que deu a Costa.

“Com o PRR, já aconteceu com o governo anterior, e a ideia foi poder atuar como se fosse um governo de plenos poderes. Já aconteceu em 2024”, lembrou o Chefe de Estado.

Pedro Nuno Santos até concorda, mas aproveita tudo para deixar mais uma farpa: “É possível continuarmos, até porque este governo não teve grande sucesso na execução do PRR que herdou”.

De Braga para Beja, muda-se a região, mantém-se o tom de pré-campanha.

“No dia a seguir a tomarmos posse, entra no Parlamento o maior pacote anticorrupção que esta história já viu”, atirou André Ventura, líder do Chega, numa ação em Beja.

À esquerda, o fim de semana também foi para apontar o foco ao que aí vem. PCP e Bloco de Esquerda querem por a Saúde no palco do debate.

“Há um plano para executar e esse plano passa por vender bocados do Serviço Nacional de Saúde a grupos privados, que, entretanto, já têm capacidade instalada”, declarou Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda.

“Aquilo que o Governo fez, na 25.ª hora, antes de cair, é uma vergonha: com uma assinatura, em duas horas, o Governo decidiu privatizar quase 20% dos centros de saúde no nosso país”, acusou Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP.

Daqui até 18 de maio, não vão faltar testes de popularidade.

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