A pen foi encontrada dentro de um saco de plástico, guardada num cofre no gabinete de Vítor Escária, então chefe de gabinete do primeiro-ministro. Terá sido apenas uma das várias pens apreendidas no âmbito da Operação Influencer.
O dispositivo contém dados pessoais de agentes do Estado, incluindo elementos do Sistema de Informações de Segurança, das Informações Estratégicas de Defesa, inspetores da Polícia Judiciária e da Autoridade Tributária.
A descoberta aconteceu em novembro de 2023, mas só um ano depois, em novembro passado, foi instaurado um inquérito autónomo pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que está sob segredo de justiça.
De acordo com a revista Sábado, o novo processo investiga suspeitas de violação de segredo de Estado. A informação classificada terá sido obtida a partir de uma base de dados do Estado por um antigo funcionário da Segurança Social, já condenado em 2020 por acesso ilegal. Esse mesmo homem, há dois anos, enviou uma bala dentro de um envelope ao Presidente da República. Foi declarado inimputável e condenado a internamento compulsivo.
António Costa garante que nunca foi informado sobre a existência desta pen nem sobre o seu conteúdo. A pen foi encontrada no mesmo gabinete onde também foram descobertos 75 mil euros em notas.
A defesa de Vítor Escária não respondeu aos pedidos de esclarecimento da SIC.