Na Avenida dos Aliados, no Porto, ultimam-se os preparativos para a entrada em 2025. Ao contrário do que aconteceu no ano passado, o edifício da Câmara Municipal volta a ser o palco dos oito minutos de fogo de artifício, um investimento de 450 mil euros.
São esperadas mais de 100 mil pessoas. O autarca Rui moreira até gostava de ter mais mas é o possível devido às obras no metro: "Ainda não temos a Avenida dos Aliados que queríamos. Se repararem mesmo a colocação do palco não é exatamente a que nós queriamos, (...), portanto temos que viver dentro dos constrangimentos que existem".
Por toda a cidade vão estar 250 agentes da Polícia de Seguraça Pública (PSP). O acesso aos Aliados será pelo topo sul da avenida e serão permitidas as tradicionais garrafas de espumante, mas a PSP vai estar atenta.
"A zona vai estar completamente vedada entre a Praça da Liberdade e a zona dos Aliados. O policiamento foi montado para aumentar a celeridade das pessoas no acesso ao local, quem abusar no álcool pedimos para não conduzir, e para não trazerem determinado tipo de objetos para a zona das festividades porque, embora não haja uma revista fixa, haverá revista consoante as necessidades", adiantou o superintendente Vítor Rodrigues, do Comando Metropolitano da PSP do Porto.
Por causa das obras do metro e para evitar que a multidão se concentre na baixa, os festejos dividem-se em dois palcos. Além dos Aliados, o Palácio de Cristal volta a estar no roteiro da passagem de ano.
Outra preocupação é a limpeza, mas aautarquia garante que no primeiro dia do novo ano, o Porto vai acordar de cara lavada.
"Tem sido um ponto de honra da nossa empresa municipal, e aqui deixo uma palavra aos nossos trabalhadores que nunca param, e que normalmente quando acordamos temos todo o vidro limpo. E estamos a falar de dezenas de toneladas de vidro que ficam por lá [após a festa]", acrescentou o autarca Rui Moreira.
O convite é para sair à rua e deixar o carro em casa até porque haverá vários condicionamentos de trânsito. Por razões de segurança, a estação de metro dos Aliados vai estar fechada, há reforço dos transportes públicos com horários alargados e mais veículos.
Os concertos arrancam às 22h00. Para dar as boas-vindas ao novo ano sobem ao palco dos Aliados Rui Veloso, com a participação especial do grupo Canto Nono. No Palácio de Cristal, a festa fica a cargo de Branko.
Greve total na passagem de ano
Apesar dos apelos a ir para a festa de transportes, prepare-se para complicações no metro. O Sindicato dos Maquinistas anunciou uma "greve total" na operação do Metro do Porto nos dias 31 de dezembro e 1 de janeiro, exigindo o pagamento do prémio anual, ainda não efetuado, ao operador ViaPorto, do grupo Barraqueiro.
"Os trabalhadores que a 30 de dezembro de 2024 tenham previsto um período normal de trabalho que ultrapasse as 00:00 do dia 31 de dezembro de 2024, encontram-se em greve desde a hora prevista do início do seu período normal de trabalho até ao seu termo", e os que "a 01 de janeiro de 2025 tenham previsto um período normal de trabalho que ultrapasse as 00:00 do dia 02 de janeiro de 2025", estão em greve também até ao fim do seu turno.
A alternativa serão os autocarros. Em comunicado enviado às redações, a STCP – Sociedade de Transportes Colectivos do Porto informa que "preparou uma operação especial", com início às 21h00 do dia 31 de dezembro e até cerca das 5h30 do dia seguinte.
Essa operação especial inclui o reforço de 12 linhas - 200, 201, 501, 600, 602, 700, 701, 702, 800, 903, 904 e 907 -entre as 21h e as 00h30, o reforço de nove linhas da Rede da Madrugada STCP - 1M, 4M, 5M, 7M, 8M, 9M, 10M, 12M e 13M - a partir das 00h30 e até às 5h30.
No dia 1 de janeiro de 2025, quarta-feira, a rede da STCP operará de acordo com os horários habituais de "domingos e feriados”.