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Incêndios obrigam Águeda a deixar de oferecer pinheirinhos no Natal

Por tradição, o município oferecia sempre aos cidadãos árvores de Natal naturais. Mas, este ano, os fogos que devastaram a região, em setembro, destruíram todos os pinheiros.

Sérgio Campos

Catarina Lúcia Carvalho

A autarquia de Águeda deixou de oferecer pinheiros naturais à população, nesta altura de Natal. Este ano, por causa dos incêndios de setembro, não há excedentes na floresta e a oferta teve de ser suspensa.

De um terreno em Arrancada do Vouga, saíam, todos os anos, dezenas de pequenos pinheiros naturais. Eram depois oferecidos, pela Câmara de Águeda, todos os natais, por tradição, aos munícipes, para fazerem deles árvores de Natal.

“Eram sempre 250 ou 300 [pinheiros]. Eram resultantes das mondas que fazíamos, junto às faixas de gestão de combustível. Era dois em um: os pinheirinhos tinham de ser cortados porque faziam parte das mondas e as pessoas tinham em casa uma árvore de Natal natural”, explica Jorge Almeida, presidente da Câmara Municipal de Águeda.

Há mais de 10 anos que assim era. Mas, este ano, a oferta dos tradicionais pinheiros naturais foi suspensa. Uma consequência dos incêndios que, em setembro, assolaram a região de Aveiro.

“O incêndio limpou-nos todos os pinheiros”, lamenta o autarca de Águeda.

Em Águeda, o incêndio destruiu 8.500 hectares de floresta, que vai levar tempo a renascer.

Pinheiros naturais com alguma dimensão deverão demorar pelo menos sete ou oito anos até voltarem a pintar de verde as zonas florestais do concelho.

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