Os maquinistas da CP estão esta sexta-feira em greve por melhores condições de trabalho e em protesto contra as declarações do ministro da Presidência sobre a alegada relação entre a sinistralidade ferroviária e a taxa de álcool dos trabalhadores.
A paralisação, que dura até à meia-noite, é quase total, com grande parte dos comboios suprimidos e outros adiados.
O Tribunal Arbitral decretou 25% de serviços mínimos e a CP já alertou os passageiros para perturbações nos serviços regionais, inter-regionais, urbanos de Lisboa e do Porto e também no serviço de longo curso.
A paralisação vai assim afetar todos os serviços da CP, da Fertagus, Metro do Porto e de Almada, Infraestruturas de Portugal e ainda o transporte de mercadorias.
As declarações que fizeram estalar a polémica
No mês passado, o ministro da Presidência destacou o mau desempenho do país em relação aos acidentes na ferrovia e anunciou um reforço das medidas de contraordenação, nomeadamente a proibição de condução sob efeito de álcool.
A declaração surpreendeu os maquinistas e as empresas ferroviárias, mas Leitão Amaro já veio dizer que não houve nenhum equívoco e que a greve de hoje é inédita porque protesta contra algo que não aconteceu.
O sindicato exige um pedido de desculpas.