Já há acordo entre o Governo e as Forças Armadas para o encerramento definitivo do aeródromo militar de Figo de Maduro.A SIC apurou que o memorando de entendimento está fechado e garante a passagem dos terrenos de Figo de Maduro para a exploração do Aeroporto Humberto Delgado.
A próxima visita de um Papa a Portugal já não deverá começar no Aeródromo de Trânsito N.º1 da Força Aérea, em Figo Maduro, para onde são encaminhados os voos militares e de Estado que aterram na Portela ou utilizam a pista do Humberto Delgado para deixar Lisboa.
A SIC confirmou que já existe um memorando de entendimento para a saída da Força Aérea do Aeródromo Militar, mas não conseguiu, até agora, confirmar a data de encerramento nem o novo destino da atual estrutura de apoio a voos oficiais, militares e de Estado, instalada num espaço lateral anexo aos terrenos do aeroporto de Lisboa, concessionados à ANA.
O memorando de entendimento acordado com os militares permite ao Governo avançar com a assinatura de um outro acordo que entregará toda a área de Figo Maduro à empresa que tem a concessão dos aeroportos nacionais. Permitirá também que a ANA dê início às obras (há muito em atraso) a que foi obrigada ainda pelo anterior Governo, bem como a novas obras para o aumento da capacidade do aeroporto Humberto Delgado.
Com a consignação mencionada pelo ministro e a saída dos militares de Figo Maduro, será possível construir no aeroporto da Portela um novo táxiway (zona de circulação de aeronaves) que permitirá libertar a ocupação da pista imediatamente após as aterragens, desviando os aviões para esta nova área de circulação, que será ampliada utilizando os terrenos atualmente militares.
De fora do memorando de entendimento acordado com as Forças Armadas, ficam os valores de compensação a pagar à Força Aérea, nomeadamente para a construção de um novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete. Os militares terão de ser compensados pelo encerramento forçado do próprio Campo de Tiro, incluindo o valor da compra de um novo terreno para reinstalar toda a infraestrutura militar de Alcochete.
A Força Aérea terá também de ser indemnizada pela alteração do uso das atuais duas pistas da Base Aérea do Montijo, uma vez que são incompatíveis com um novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete.