O sexto dia da greve parcial dos revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP levou à supressão de 154 comboios até às 12:00 desta terça-feira, sobretudo, do serviço Regional e dos Urbanos do Porto. Esta terça-feira, a empresa prevê maiores perturbações nos serviços Regional/InterRegional, Urbanos de Coimbra e Urbanos do Porto.
Entre as 00:00 e as 12:00 foram suprimidos 77 comboios regionais, 69 comboios Urbanos do Porto, seis comboios Urbanos de Coimbra e dois de Longo Curso.
Do total de 536 comboios programados até às 12:00, foram efetuados 382 e suprimidos 154, o que corresponde a uma percentagem de supressão de 28,7%.
Os revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP - Comboios de Portugal deram início na quinta-feira passada a uma greve que se prolonga até ao dia 3 de novembro, com a transportadora a antecipar perturbações na operação, sobretudo em 31 de outubro, dia em que paralisação será total.
Esta terça-feira e quarta-feira, a CP prevê que as maiores perturbações ocorram nos serviços Regional/InterRegional, Urbanos de Coimbra e Urbanos do Porto.
Já na quinta-feira, dia 31, quando a paralisação terá a duração de 24 horas, a transportadora antecipa perturbações no Alfa Pendular, Intercidades, Regional/InterRegional, Urbanos e Internacional Celta.
Greve da CP em Coimbra
Em Coimbra, a greve na CP teve um forte impacto nas ligações urbanas. Durante a manhã, foram também suprimidos vários comboios regionais.
Quem chegou à estação de Coimbra B não teve a habitual ligação para o centro da cidade, uma consequência da greve que afetou a circulação dos comboios urbanos e regionais.
Em particular nas primeiras horas da manhã, vários comboios foram suprimidos, afetando ligações ao Entroncamento, Aveiro, Porto, Figueira da Foz e Caldas da Rainha.
Com a greve convocada para os trabalhadores que prestam serviço, sobretudo, nos comboios urbanos e regionais, os comboios Alfa e Intercidades não fora afetados.
Na grave parcial, os revisores e pessoal de bilheteira param nas duas primeiras horas de cada turno, o que faz com que os efeitos se sintam de forma diferente ao longo do dia.
Greve da CP no Porto
Esta manhã, o impacto foi sentido nos comboios urbanos e também no Porto. Na quinta-feira, dia de paralisação total, a greve vai afetar todas as ligações e o impacto para os passageiros será ainda maior.
Em Campanhã, nas bilheteiras parecia estar tudo normal. O mesmo não acontecia com os comboios. Em apenas meia hora, três suprimidos na estação de São Bento. Muitos passageiros ficaram sem transporte.
A greve que começou esta segunda-feira já levou à supressão de centenas de comboios, mas os constrangimentos maiores vão ser sentidos na quinta-feira, dia de paralisação total.
Os revisores da CP pedem que seja cumprido acordo feito em julho de 2023.
Os passageiros que já têm bilhete comprado podem trocar o mesmo ou pedir o reembolso.
Segundo fonte do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), que representa os trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP, estas greves são motivadas por aquilo que diz ser o "incumprimento do acordo" assinado em julho do ano passado com a operadora.
O protesto "tem a ver com a remuneração", sendo que, segundo o sindicato, o acordo prevê passar um "prémio de subsídio de transporte e disponibilidade para o salário base", algo que traria vantagens aos trabalhadores. O sindicato quer um maior equilíbrio face às remunerações dos maquinistas.
Numa nota publicada no 'site', a CP informou que, "por motivo de greve convocada pelo sindicato SFRCI, entre os dias 24 de outubro e 3 de novembro de 2024" estão previstas perturbações na operação.
Com Lusa