PSD, CDS-PP e Chega rejeitaram debater esta quarta-feira o tema da TAP na Comissão Permanente da Assembleia da República, com a presença do ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz.
O anúncio foi feito pelo porta-voz da conferência de líderes, o deputado do PSD Jorge Paulo Oliveira, segundo o qual os partidos à esquerda e a IL foram favoráveis a este agendamento pedido por PS e BE, enquanto PSD, CDS-PP e Chega se manifestaram contra.
PS e BE propuseram na conferência de líderes a realização de um debate sobre o dossier TAP, com os bloquistas a requererem a presença do ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz.
BE surpreendido com oposição do Chega a audição de Pinto Luz
O Bloco de Esquerda ficou surpreendido com a oposição do Chega à audição de Miguel Pinto Luz. O líder parlamentar dos bloquistas diz que o partido não vai desistir de obter todos os esclarecimentos sobre o negócio da TAP.
“Ouvimos André Ventura dizer que se o caso TAP não fosse debatido na comissão permanente encontraria outra forma de esse assunto ser debatido na AR. Portanto, foi com particular estupefação que assistimos a mais este mortal do Chega”, afirmou Fabian Figueiredo.
O deputado diz que o ministro Miguel Pinto Luz é um “ativo tóxico” no Governo e acusou PSD, CDS e Chega de quererem “varrer” o assunto “para debaixo do tapete”.
PSD diz que quem deve explicações é Pedro Nuno Santos
O líder parlamentar do PSD diz que quem deve prestar contas sobre a TAP é Pedro Nuno Santos e reforça que o PSD nada está a fazer para travar a ida do Ministro Miguel Pinto Luz ao Parlamento.
“O ministro virá ao Parlamento porque já foi chamado para prestar explicações quanto ao relatório da IGF”, garante Hugo Soares.
Hugo Soares diz ainda que quem deve esclarecimentos sobre o dossier da TAP é Pedro Nuno Santos, “que ainda não explicou o que o relatório traz - preto no branco - que é não haver explicação para os 55 milhões pagos ao privado para poder sair da TAP”.
A Comissão Permanente da Assembleia da República de hoje vai ser dedicada a declarações políticas dos partidos, que também não chegaram a acordo sobre a realização de debate sobre saúde proposto pelo PCP.
A Comissão Permanente, órgão que funciona nos períodos das férias parlamentares e com um número reduzido de deputados, vai reunir-se às 15:00.
Com Lusa