O bloco E foi o primeiro a ficar concluído e a ser inaugurado, em Aradas, Aveiro. 32 fracções que seguem, pela primeira vez na cidade, as regras da habitação a custos controlados.
No total, o empreendimento terá 320 apartamentos, T1, T2 e T3. O preço de venda está previamente estabelecido pelo IHRU, o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana e fica muito abaixo do preço de mercado na cidade de Aveiro.
“O T1 anda à volta de 100 mil, o T2 140 mil e o T3 170 mil sem garagem. 1600 euros o metro quadrado”, explica Aristides Alferes, sócio gerente da “Encobarra”.
“É a própria lei que define o preço que obrigatoriamente os promotores têm de praticar, portanto é uma boa oferta. Para termos uma noção de números redondos, o custo da construção aqui, ou melhor o custo da habitação para os cidadãos que compraram ou vão comprar é duas a três vezes inferior áquilo que se passa no mercado normal do nosso município”, diz José Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro.
A habitação a custos controlados tem regras muito específicas, a cumprir não só pelo construtor, mas também pelo comprador.
“Qualquer pessoa que comprou aqui um investimento neste edifício, e estão todos vendidos, durante cinco anos não os pode vender. Nós no nosso regulamento municipal, e por acordo com a empresa, quisemos condicionar, também, a essa lógica da residência no mínimo com dois anos em Aveiro para, obviamente, privilegiar digamos numa primeira fase aqueles que são os nossos concidadãos e que vivem com o problema da habitação e este é um excelente contributo para nós, por um lado temos uma oferta nova para esse tipo de famílias e, por outro lado, termos um contributo para pressionarmos o mercado normal a poder reduzir em alguma coisa os seus preços”, explica o presidente da Câmara de Aveiro.
Trata-se de um investimento privado de cerca de 50 milhões de euros. O próximo bloco estará pronto daqui a um ano e a obra deverá ficar totalmente concluída em 2027.