Helena Freitas, professora catedrática na Universidade de Coimbra, acusa as autoridades de negligência na gestão do combate ao incêndio na Madeira.
“Houve negligência. Houve, de facto, excessiva tolerância relativamente a um processo que sabíamos que representava um risco enorme (...) Não tenho qualquer dúvida que era muito claro para todos que isto podia acontecer.”
Em entrevista à SIC Notícias, afirma que “os danos são brutais” e considera que é fundamental encontrar responsáveis.
O incêndio na Madeira lavra há mais de uma semana, mas o combate às chamas conta agora com o apoio de dois Canadairs espanhóis.
No primeiro dia de reforço, foram realizadas 35 descargas pelo helicóptero que já operava na Madeira, e oito pelos dois Canadair.
O incêndio na Madeira, que deflagrou no dia 14 de agosto, tem três frentes: no Pico Ruivo, no Pico do Gato e na Ponta do Sol. As chamas obrigaram à retirada de 200 pessoas por precaução.
O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento forte e as temperaturas elevadas. A área ardida já ultrapassa os 5 mil hectares.