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Greve na cortiça: trabalhadores exigem aumentos salariais em Santa Maria da Feira

Os trabalhadores do setor da cortiça estão em greve por aumentos dos salários e do subsídio de alimentação. Cerca de 200 profissionais concentraram-se junto à sede da Corticeira Amorim, em Santa Maria da Feira.

Catarina Lázaro

Catarina Lúcia Carvalho

Eurico Bastos

Vítor Moreira

O cortejo fúnebre marca o tom do protesto. Nem a cortiça consegue amortecer o impacto do descontentamento num setor que emprega 8 mil trabalhadores. O país é líder mundial na produção de rolhas, mas os operários dizem ter poucos motivos para brindar.

Cerca de 200 trabalhadores concentraram-se junto à sede da Corticeira Amorim, em Santa Maria da Feira. O Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte acusa a empresa de condicionar o processo negocial e impedir aumentos salariais.

O sindicato propõe 72 euros de aumento salarial e mais 1,46 no subsídio de alimentação.

Negociações em andamento

A Corticeira Amorim teve, no primeiro semestre, lucros superiores a 36 milhões de euros, o que representa uma quebra de quase 30% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Ainda decorrem as negociações do contrato coletivo de trabalho entre os sindicatos e a Associação Portuguesa da Cortiça, que representa 80% da produção nacional.

A greve no setor começou na terça-feira e termina à meia noite desta quarta feira.

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