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Lucília Gago "assumiu uma posição de alguma ponderação em que jogou à defesa"

José Palmeira, Professor de Ciência política na Universidade do Minho, comenta a entrevista em que a procuradora-geral da República quebrou o silêncio a propósito da atuação do Ministério Público e dos recentes casos que levaram à queda dos governos de Costa e Albuquerque. 

SIC Notícias

A procuradora-geral da República rejeita “em absoluto” as críticas de que é alvo e garante que não pondera demitir-se, nem para preservar a instituição. Em entrevista à RTP, Lucília Gago fala numa “campanha orquestrada” contra a Procuradoria-Geral da República (PGR) e rejeita responsabilidade pela demissão de António Costa.

Ao fim de 6 anos, a procuradora-geral está a 3 meses de terminar o seu mandato e concedeu uma entrevista em que "respondeu de uma maneira geral a todas as questões que lhe foram colocadas e procurou no fundo defender a posição do Ministério Público, que é o que seria natural e expectável que acontecesse. Portanto, refutou que o Ministério Público, aja por razões de natureza política, frisou a sua independência, por outro lado, procurou em todos os casos remeter para os visados a responsabilidade dos seus atos", diz o Professor de Ciência política na Universidade do Minho, José Palmeira.

"Aquilo que me parece é que a posição que ela assumiu foi uma posição de alguma ponderação em que jogou à defesa, excetuando os casos em que teve que comentar comentários, passe o pleonasmo, do Presidente da República na tal conversa privada com jornalistas estrangeiros e também a entrevista que a ministra da Justiça deu em que se referiu diretamente ao Ministério Público. Nesse caso, a Procuradora foi mais incisiva".

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