Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, enviou duas cartas ao Presidente da República e ao primeiro-ministro, solicitando audiências a ambos face à emergência dos sem-abrigo na região de Lisboa.
Além disso, o presidente da Câmara que lembra que a área metropolitana de Lisboa concentra mais de metade das pessoas que pernoitam na rua de todo o país, pretende uma melhor articulação das autarquias da área metropolitana com a Segurança Social, a Santa Casa, a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) e o Serviço Nacional de Saúde.
O autarca pede “mais oportunidades de financiamento” para a criação de respostas, nomeadamente através do programa Portugal 2030; e “maior compromisso da Segurança Social nas soluções de alojamento em apartamentos partilhados e no modelo Housing First”.
Sendo que as respostas do SNS a pessoas com problemas de saúde mental são outra preocupação, querendo Moedas “políticas de imigração mais ágeis e efetivas, com soluções de acolhimento temporário para migrantes vulneráveis”.
Segundo o presidente da câmara o problema é de responsabilidade nacional e em declarações aos jornalistas voltou a reforçar que é preciso respostas urgentes da AIMA.
"A AIMA tem de funcionar, tem de atuar, tem de estar disponível. As pessoas não podem estar anos à espera de ser atendidas pela AIMA", disse.
"Lisboa não pode estar sozinha naquele que é o apoio às pessoas em situação de sem abrigo", acrescentou apelando novamente não só ao Presidente da República e ao primeiro-ministro como a todo o Governo e a todos os presidentes das juntas de freguesias de Lisboa.