O candidato do PS a presidente do Governo dos Açores às eleições legislativas regionais, Vasco Cordeiro, disse, nesta quinta-feira, que a região corre o risco de ser a primeira do país onde a extrema-direita entra para um governo.
"De acordo com as sondagens e as declarações dos nossos adversários políticos, os Açores correm o risco de ser a primeira região do país onde a extrema-direita entra para um governo regional e nós não podemos aceitar isso", afirmou Vasco Cordeiro, num jantar comício em Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel.
Aos presentes, 1.500 pessoas segundo a organização, o cabeça de lista pelos círculos de São Miguel e de compensação pediu que "levem também esta mensagem, evitar que os Açores se tornem na primeira região do país onde a extrema-direita chega ao governo regional", referindo-se ao Chega.
"Não é responsabilidade, nem tarefa para outros. Tem a ver connosco, tem a ver com os açorianos, tem a ver com os socialistas e com tantos outros açorianos que prezam e defendem a liberdade, que prezam e defendem a tolerância, que prezam e defendem a democracia", afirmou.
Antes, realçou que "estas eleições e o próximo dia 4 de fevereiro não são apenas sobre o que é que cada um defende para a juventude, para a educação, para a cultura, para a habitação, para o desenvolvimento económico, para o emprego".
"Estas eleições têm muito mais em jogo e têm muito mais em causa, estas eleições são também sobre a democracia, sobre a tolerância, sobre o respeito à diferença, sobre a liberdade", adiantou o candidato, que foi presidente do Governo Regional dos Açores entre 2012 e 2020.
Vasco Cordeiro tornou a apelar para que se forme "uma ampla e forte coligação de açorianos, independentemente da sua militância partidária ou sequer se tiverem militância partidária", que "defendam uma democracia, que defendam a liberdade, que defendam a tolerância e o respeito pelo outro".
"Sejam eles socialistas ou não socialistas, sejam eles da esquerda, do centro, sejam eles açorianos que, acima de tudo e principalmente, não aceitem, não aceitam, resistem e farão tudo para que os Açores não sejam o tubo de ensaio para as experiências governativas da extrema-direita", pediu o também líder do PS/Açores, para acrescentar: "não passarão, não passarão, não passarão".