À semelhança do tem acontecido noutros países da Europa, os agricultores saíram esta quinta-feira à rua, de norte a sul do país, manifestando os problemas do setor que se arrastam já há vários anos. Exigem a valorização da agricultura e condições mais justas.
A iniciativa do Movimento Civil de Agricultores, em Vilar Formoso, teve início antes das 06:00 horas desta quinta-feira.
A Estrada Nacional 324, no Alto do Leomil, no concelho de Almeida, no distrito da Guarda está completamente bloqueada desde essa hora com várias máquinas agrícolas, muitos tratores e cerca de 450 agricultores, vindos de vários pontos dos distritos da Guarda e Castelo Branco.
A situação manteve-se calma até perto das 6:00, no entanto a essa hora houve um grupo de agricultores que avançou em direção à autoestrada de maneira a cortar os acessos à A25.
A GNR, que se mantém no local desde o inicio do protesto, tem tentado controlar a situação e impedir que os agricultores bloqueiem a autoestrada. Situação que está a revoltar os manifestantes.
"Isto é uma vergonha. O que tínhamos combinado era avançar para a autoestrada e não nos estão a deixar", disse um agricultor.
No local, estão cerca de 100 militares que vão tentando manter a ordem pública e a segurança, mas os ânimos estão cada vez mais exaltados.
"Não nos deixam manifestar os nossos direitos", garantiu outro agricultor.
"Andam há oito anos a brincar connosco", acrescentou o agricultor garantindo que as novas promessas da Ministra da Agricultura não passam de promessas pré-eleitorais e não são suficientes.
"Nós andamos a sofrer há muitos anos com os aumentos do gasóleo, das matérias primas, das rações dos animais e das forragens", disse.
As queixas são comuns a todos os agricultores presentes no protesto.
O apoio de quase 500 milhões de euros, prometido pelo Governo, não convence os agricultores que saíram esta quinta-feira à rua por todo o país para se manifestarem sobre os problemas do setor.