O advogado do cavaleiro João Moura diz que o tema das touradas não devia ter feito parte do julgamento e afirma que ainda não sabe se vai pedir recurso.
“As touradas não têm nada a ver com este julgamento mas vieram a este julgamento porque estas associações que se constituíram assistentes quiseram que essa situação viesse a julgamento”, disse Luís Semedo, à saída do tribunal.
O cavaleiro João Moura foi esta quarta-feira condenado a uma pena de quatro anos e oito meses de prisão, com execução suspensa, por maus-tratos a animais de companhia. Recorde-se que estava acusado pelo Ministério Público de 18 crimes neste âmbito.
Segundo o despacho de acusação do MP, alguns dos cães tinham "magreza acentuada" ou "estado caquético", enquanto outros apresentavam lesões ou escoriações e infeções provocadas por parasitas ou mesmo doenças.
Uma cadela, com quase oito anos, que "sofria de insuficiência hepática e renal aguda", além de apresentar um "estado de caquexia" e "cortes profundos na zona do metacarpo sem sinais de cicatrização", acabou por morrer no dia da operação da GNR.