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"Faltou coragem" ao ministro da Cultura no processo da compra da Lusa, acusa João Paulo Fafe

O presidente executivo da Global Medi afirmou que a atitude de Pedro Adão e Silva “foi uma desilusão”, acrescentando que Marcelo ajudou "muito mais que o PSD", quando disse que tinha ficado "surpreendido com o negócio da Lusa".

ANTÓNIO PEDRO SANTOS / LUSA

Lusa

O presidente executivo da Global Media afirmou na terça-feira que o ministro da Cultura "foi uma desilusão" no processo da compra da Lusa pelo Estado e que lhe faltou "coragem" quando o PSD deu "o dito por não dito".

José Paulo Fafe falava na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, numa audição no âmbito do requerimento do Bloco Esquerda (BE) sobre a situação na Global Media Group (GMG).

"Na minha opinião, vou ser muito sincero, foi uma desilusão", afirmou o gestor, quando questionado sobre o falhanço da venda da participação da Lusa ao Estado.

Faltou "coragem" pois quando o "PSD recua no parecer" que tinha dado sobre este negócio, ou seja, "dá o dito por não dito", o que Pedro Adão e Silva deveria ter feito - "fá-lo-ia no lugar dele" - era respeitar a primeira posição, defendeu.

Além disso, "o senhor Presidente da República ajudou "muito mais que o PSD", quando disse que tinha ficado "surpreendido com o negócio da Lusa", para que o negócio não se concretizasse.

Fafe contou que no início de novembro, num encontro em Belém com Marcelo Rebelo de Sousa, disse ao chefe de Estado que ele tinha um interesse que considerava "excessivo" sobre o negócio da Global Media e contou-lhe que iria vender a participação que o grupo tinha na Lusa.

"Acho muito bem, o vosso negócio não é agências", terá dito Marcelo Rebelo de Sousa, citado por José Paulo Fafe.

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