O Hospital de Guimarães negou ter transferido, na segunda-feira, um bebé de oito meses para ser operado de urgência no hospital Dona Estefânia, em Lisboa. No entanto, a transferência terá mesmo acontecido, mas na quarta-feira.
A notícia tinha sido avançada por um fonte do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central e era apresentada com um exemplo do caos nas urgências.
No entanto, o bebé foi transferido não por quaisquer constrangimentos no hospital de Guimarães, mas sim porque precisava de cuidados intensivos pediátricos específicos, que não existem nem nunca existiram naquele hospital.
Em comunicado, o hospital Senhora da Oliveira também desmentiu a notícia inicial e garantiu que o serviço de urgência de pediatria e neonatologia funcionam sem qualquer constrangimento.
Entretanto, na manhã desta terça-feira, uma fonte do hospital de Guimarães revelou à SIC mais detalhes sobre este caso.
Transferências para outros hospitais são comuns
Explicou que a transferência de crianças para os cuidados intensivos pediátricos de outros hospitais é uma situação comum ao longo de todo o ano, normalmente para o Porto.
No entanto, como desta vez não havia vagas no centro materno-infantil, nem no São João nem na zona centro do país, foi encaminhado para Lisboa.
O hospital Senhora da Oliveira adianta ainda que o transporte decorreu de forma segura e sem qualquer tipo de riscos.
Ao que a SIC apurou, a criança está bem e regressa ainda esta terça-feira a Guimarães.
Os constrangimentos nas urgências por encerramentos de serviços ou falta de médicos têm afetado vários hospitais e sobrecarregado outras instituições hospitalares. Uma delas é a urgência do Dona Estefânia, que está a receber uma média de 300 doentes por dia.