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Caso das gémeas: Mortágua exige responsabilização em caso de favorecimento

"A investigação determinará se a lei foi ou não foi cumprida", diz a coordenadora do Bloco de Esquerda, salientando que "a democracia precisa de certezas".

SIC Notícias

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, afirmou, na tarde desta quinta-feira, que é preciso garantir que haverá responsabilização, caso a investigação ao caso das gémeas atendidas no Santa Maria conclua que houve favorecimento.

Durante a interpelação ao Governo sobre a situação no Serviço Nacional de Saúde (SNS), no Parlamento, Mortágua falou em “duas certezas” que importam neste momento.

“A investigação determinará se a lei foi ou não foi cumprida. Neste momento, duas certezas importam. A primeira, se houve favorecimento, haverá responsabilização de quem o determinou. A segunda, o SNS tem que ser uma garantia de que a mesma qualidade, a mesma competência ou o mesmo investimento são igualmente acessíveis a todas as pessoas pobres ou ricas, influentes ou não. A democracia precisa dessas certezas”.

Inspeção recolhe provas "documentais e testemunhais"

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde indicou, nesta quinta-feira, estar a ouvir profissionais de saúde, gestores de hospitais, organismos do Ministério da Saúde e familiares das gémeas luso-brasileiras, prevendo a recolha de "mais evidências" junto de decisores de vários níveis.

O caso das gémeas foi revelado numa reportagem da TVI, transmitida no início de novembro, segundo a qual duas crianças luso-brasileiras vieram a Portugal em 2019 receber o medicamento Zolgensma.

Segundo a TVI, havia suspeitas de que tal tivesse acontecido por influência do Presidente da República, que negou qualquer interferência no caso.

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