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A sofrer fortes constrangimentos, hospitais não conseguem dar resposta aos utentes

Lisboa e Vale do Tejo é das regiões com mais constrangimentos mas há serviços afetados em todo o país. A urgência cirúrgica em Mirandela deverá ficar fechada até ao final do ano.

Diogo Martins

Marta Sobral

João Faiões

Há urgências hospitalares que continuam a sofrer fortes constrangimentos e não conseguem dar resposta aos utentes. A pressão tem sido maior nos hospitais da região de Lisboa. No hospital São José há 30 pessoas que aguardam internamento e no São Francisco Xavier a urgência de obstetrícia não funcionou durante o dia.

Dos seis médicos que deveriam assegurar a escala de urgência obstétrica do São Francisco Xavier. A SIC sabe esta terça-feira que três especialistas e três internos não compareceram, e por isso o serviço esteve encerrado.

A escala será da responsabilidade do hospital Santa Maria que desde agosto transferiu a maternidade por causa das obras. O São Francisco Xavier não recebeu grávidas mas os cuidados às que estavam internadas foram garantidos por médicos que prolongaram turnos.

No São José, esta terça feira, praticamente não chegaram ambulâncias durante a manhã, mas lá dentro apesar de melhor, a situação manteve-se complicada.

Dos 70 doentes que no início da semana esperavam para serem internados, o hospital conseguiu camas para 40. Um dos principais problemas tem sido o número de doentes com alta que permanecem no hospital.

A falta de médicos nas urgências tem afetado sobretudo cirurgia geral, obstetrícia, pediatria e recentemente as vias verdes AVC.

Lisboa e Vale do Tejo é das regiões com mais constrangimentos mas há serviços afetados em todo o país. Em Mirandela, a urgência cirúrgica deverá ficar fechada até ao final do ano, com três cirurgiões a serem transferidos para Bragança.

Sem o serviço que serve 44 mil habitantes de cinco concelhos, os doentes estão obrigados a percorrer distancias que variam entre os 60 e os 120 km.

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