Foi ao som de tambores e palavras de ordem que centenas de pessoas se juntaram este sábado no Largo do Intendente, em Lisboa, contra a violência sobre as mulheres.
Só este ano foram assassinadas em Portugal 25 mulheres, um número que ultrapassa já as 24 vítimas do ano passado. A maioria das mortes aconteceu em contexto familiar.
“É o crime que mais mortes e mais denúncias tem por ano. E só a educação, educar em massa para a igualdade, educarmos em massa contra a violência e narrativa de tolerância zero à violência doméstica... só assim vamos conseguir”, afirmou Sandra Ribeiro, presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.
A marcha seguiu depois para o Martim Moniz em direção ao Largo de São Domingos. Um percurso de cerca de um quilómetro que contou com a presença do Bloco de Esquerda. Mariana Mortágua diz que é preciso acabar com a cultura do silêncio.
“É preciso não só um programa e um investimento na educação, mas também nas forças policiais, judiciais, nos tribunais que lidam com estes casos para que a violência não fique impune, mas sobretudo para que acabemos com uma cultura de silêncio”, afirmou.
O PAN também se juntou a esta causa. Diz que o Governo pode fazer mais pelas vítimas.
No dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, o Presidente da República apelou aos portugueses para que se unam para eliminar todas as formas de violência contra as mulheres.