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António Costa elogia Gouveia e Melo e salienta retorno dos investimentos do PRR

Apesar de demissionário, o primeiro-ministro mantém a agenda com um elevado ritmo de inaugurações e anuncio de projetos.

Ana Geraldes

António Costa esteve, esta sexta-feira, na assinatura do contrato com a empresa que vai construir uma plataforma naval para a Marinha.

Deram-lhe o nome de D. João II, mas para o Almirante Gouveia e Melo, a futura plataforma naval, vai ficar na história da Marinha com outra designação.

"Navio do PRR, como nós o chamamos na Marinha, coloca-nos na vanguarda das marinhas ocidentais que conjuga e agrega diversas tecnologias inovadoras e amigas do ambiente", refere o Almirante Gouveia e Melo.

Em 2026, António Costa não será primeiro-ministro para assistir à entrega desta e de todas as obras do PRR. Apesar de estar de saída, António Costa não deixa de lembrar que é só até 2026 que há PRR para financiar tudo isto.

"Convém nunca esquecer que o PRR tem outra característica que é muito útil: não permite adiamentos, nem atrasos. Tudo tem de estar concluído até às 24 horas do dia 31 de dezembro de 2026. Portanto, como tem de ser, assim será", explica António Costa.

António Costa referiu-se também ao período da covid-19, em que o almirante Gouveia e Melo liderou a organização das primeiras vagas de vacinação em Portugal, e elogiou o atual chefe de Estado Maior da Armada por ter concebido o projeto de Plataforma Naval Multifuncional.

"O navio D. João II é uma grande oportunidade para se alavancar o conhecimento e a investigação na área do mar, produzindo-se recursos que sejam valorizados através da economia azul", disse, antes de acentuar que o PRR foi pensado "num momento muito difícil" em que o mundo enfrentava a ameaça de uma pandemia.

"Ao mesmo tempo em que cada um estava empenhado em fazer o combate que a pandemia impunha, tínhamos de preparar e construir o futuro pós-pandemia. Foram tempos difíceis para fazer tudo ao mesmo tempo, pensar na emergência e, simultaneamente, planear o pós-emergência. Felizmente foi possível que assim acontecesse", concluiu.

O elogio ao Almirante e o aplauso ao PRR em jeito de despedida de um primeiro-ministro que vai mantendo os planos de mostrar obra feita até ao fim.

Com Lusa

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