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Alguns palestinianos retirados de Gaza "serão acolhidos por Portugal", diz ministro

O ministro dos Negócios Estrangeiros deu conta de que os 16 cidadãos referenciados por Portugal “já saíram todos” de Gaza. Gomes Cravinho adiantou ainda que “cerca de dez têm ligação a Portugal”.

Andreea Alexandru

Ana Lemos

SIC Notícias

A partir de Madrid, o ministro português dos Negócios Estrangeiros deu conta de que os 16 portugueses que estavam referenciados pelo Governo já saíram de Gaza. João Gomes Cravinho adiantou ainda que há mais de dez palestinianos que podem também vir para Portugal por razões humanitárias.

“Tínhamos uma lista de 16 [cidadãos] já saíram todos, a última saiu ontem”, referiu o ministro, que defende que a solução de dois estados “é a única” forma de garantir a segurança a longo prazo entre Israel e o Hamas.

Portugal quer retirar de Gaza e acolher mais dez a doze palestinianos que têm relações com o país, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros, que confirmou que todas as pessoas com nacionalidade portuguesa já saíram do território.

Segundo João Gomes Cravinho, o Governo tinha uma "lista prioritária" de 16 pessoas com nacionalidade portuguesa para retirar da Faixa de Gaza mas, explicou, “continuamos com várias outras pessoas, palestinianas, que gostaríamos também de ver retiradas, para poderem estar em segurança e poderem vir para Portugal”.

Nestas declarações aos jornalistas em Madrid, onde esteve numa reunião dos titulares da pasta dos Negócios Estrangeiros do grupo de países do sul da União Europeia (UE), conhecido como MED9, o governante falou de cerca de "10, 12 pessoas" que estão em Gaza e que Portugal quer acolher, por razões humanitárias, por terem ligações ao país, como um visto de residência ou familiares em território nacional.

O ministro recusou dar mais pormenores por haver "grande sensibilidade no diálogo com as autoridades" de Israel e Egito, os dois países de que depende a retirada de Gaza.

Bebé foi a última a sair de Gaza

Na terça-feira, uma bebé de nacionalidade portuguesa foi retirada de Gaza em segurança, sendo a última do grupo de cidadãos sinalizados por Portugal para saírem deste território, segundo indicou fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Esta menor estava autorizada a sair, juntamente com os familiares que morreram na quarta-feira num bombardeamento no sul da Faixa de Gaza, na sequência do conflito entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas neste enclave.

Uma outra cidadã portuguesa que estava incluída no grupo prioritário optou por ficar em Gaza, referiu a fonte oficial da diplomacia portuguesa.

Na quinta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros tinha divulgado a saída de oito cidadãos sinalizados por Portugal - dois nacionais e seis familiares - através da passagem de Rafah, a qual está aberta para a retirada de cidadãos estrangeiros de Gaza para o Egito.

Numa nota informativa, a diplomacia portuguesa especificava que a saída da menor ainda não tinha ocorrido devido a dificuldades de comunicação com os seus familiares.

Um bombardeamento no sul da Faixa de Gaza na quarta-feira passada causou a morte de três portugueses, uma adulta e duas crianças, e dois familiares, que estavam incluídos na lista que o Governo português forneceu às autoridades para a retirada da Faixa de Gaza.

Com LUSA

[Notícia atualizada às 16:56]

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