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Bombeiros recusam serviços por falta de dinheiro para combustível

Com o aumento do custo dos combustíveis, há corporações de bombeiros a recusarem o serviço de transporte de doentes não urgentes. "Vamos ter de ponderar parar", diz um profissional.

Frederico Correia

Frederico Pinto

Os custos são já superiores aos valores pagos pelo Estado, o que leva algumas corporações a recusar serviços e a pedir um aumento do apoio do Governo.

Com o preço do gasóleo a quase 2 euros por litro, os bombeiros que ainda cumprem todos os serviços estão na fase de perceber até quando aguenta a tesouraria.

"Já andamos quase que a fazer uma prestação de serviço que não visa o lucro. Mas outra coisa é ter despesas para isso. Vamos ter de ponderar parar os veículos", diz o presidente da Federação Distrital dos Bombeiros de Viseu, Guilherme Almeida.

“Nosso volume de trabalho aumentou 70%”

Na realidade, ao ritmo que aumentam os custos sobem também o número de serviços.

“O nosso volume de trabalho aumentou em cerca de 70%”, revela o comandante Rui Leitão, dos Bombeiros Voluntários de Tábua.

O aumento de serviços significa também aumento da fatura, por exemplo, dos grandes centros hospitalares. Na maior parte das vezes, o pagamento é a longo prazo.

Sem perspetivas de ver o custo dos combustíveis baixar, os bombeiros pedem apoios diretos para manterem serviços como o transporte de doentes.

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