Os custos são já superiores aos valores pagos pelo Estado, o que leva algumas corporações a recusar serviços e a pedir um aumento do apoio do Governo.
Com o preço do gasóleo a quase 2 euros por litro, os bombeiros que ainda cumprem todos os serviços estão na fase de perceber até quando aguenta a tesouraria.
"Já andamos quase que a fazer uma prestação de serviço que não visa o lucro. Mas outra coisa é ter despesas para isso. Vamos ter de ponderar parar os veículos", diz o presidente da Federação Distrital dos Bombeiros de Viseu, Guilherme Almeida.
“Nosso volume de trabalho aumentou 70%”
Na realidade, ao ritmo que aumentam os custos sobem também o número de serviços.
“O nosso volume de trabalho aumentou em cerca de 70%”, revela o comandante Rui Leitão, dos Bombeiros Voluntários de Tábua.
O aumento de serviços significa também aumento da fatura, por exemplo, dos grandes centros hospitalares. Na maior parte das vezes, o pagamento é a longo prazo.
Sem perspetivas de ver o custo dos combustíveis baixar, os bombeiros pedem apoios diretos para manterem serviços como o transporte de doentes.