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Homem andou entre hospitais com rebarbadora na perna: ministro diz que caso deve ser investigado

O homem fez cerca de 30 quilómetros para ser visto no serviço de urgência da Guarda, mas 40 minutos depois foi transferido para Viseu. Manuel Pizarro garante que é necessário avaliar "se a decisão foi bem tomada".

SIC Notícias

O ministro da Saúde diz que o caso, noticiado pela SIC, do homem que andou entre hospitais com uma rebarbadora na perna deve ser investigado. O Sindicato dos Técnicos de Emergência Médica considera a situação grave e não tem dúvidas que houve uma má avaliação que pode ter prejudicado o doente.

Um homem de 50 anos ficou, literalmente, com uma rebarbadora presa ao osso da perna quando fazia obras na aldeia de Casas de Soeiro, junto a Celorico da Beira. Em risco de vida e a perder muito sangue foi assistido pelo INEM e, posteriormente, por decisão do Centro de orientação de Doentes Urgentes, foi enviado para o Hospital da Guarda, onde não existem médicos de cirurgia vascular. Depois de ter estado 40 minutos no serviço de urgência da Guarda, o doente foi imediatamente transferido para o Hospital de Viseu. Durante todo o percurso andou com a rebarbadora agarrada à perna.

Se tivesse seguido diretamente teriam bastado cerca de 40 minutos para chegar ao hospital onde continua internado.

“Temos de avaliar se a decisão foi bem tomada”, diz Pizarro

O ministro da Saúde conheceu o caso depois de tornado público pela SIC e não tem dúvidas: há motivo para abrir uma investigação:

“Investigado não tenho duvida nenhuma. Houve uma decisão pelo hospital mais próximo. Temos de avaliar se a decisão foi bem tomada. Merece um estudo para ver se em situações similares se deve optar pelo hospital mais próximo ou apesar de estar mais distante optar por um hospital mais diferenciado”.

O caso aconteceu há mais de uma semana o e três dias depois, no mesmo distrito, a situação ter-se-á repetido num acidente no IP2.

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