É o maior aumento dos últimos oitos anos na Função Pública. Em abril, o salário base médio mensal aumentou para 1637 euros brutos, uma subida de 5% face ao mesmo período do ano passado.
Já o ganho médio mensal, que inclui subsídios, suplementos e o pagamento de horas extraordinárias, também cresceu para 1919 euros brutos, um aumento de 5,7% face ao período homólogo.
Em algumas carreiras do Estado o aumento foi mais expressivo. É o caso dos assistentes técnicos, que viram o ganho médio mensal subir cerca de 10%, os militares, com 9,6%, e os médicos, a rondar os 8,2%.
O salário médio dos assistentes operacionais subiu 8%. Já o dos enfermeiros teve uma subida de 7,1%, enquanto a remuneração média dos técnicos de diagnóstico cresceu 6,8%.
A evolução dos salários na Função Pública é o reflexo dos aumentos normais e intercalares aprovados pelo Governo, da saída e entrada de trabalhadores com diferentes níveis de remuneração, assim como do aumento do salário mínimo nacional, que está agora fixado em760 euros.
Mas os aumentos não foram iguais para todos. Os médicos passaram a ganhar mais, por exemplo, porque também trabalharam mais. No caso destes profissionais, deve-se ao pagamento das horas suplementares ou extraordinárias, uma vez que o salário base apenas aumentou 2,7%.
As estatísticas são da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público, consultadas pelo Jornal Público, que revelam também que o Estado central, local e regional empregava no segundo trimestre deste ano mais de 745 mil pessoas, um aumento de 0,6% face ao mesmo período do ano passado.