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Porque está Lisboa a perder popularidade entre os nómadas digitais?

Apesar de Lisboa ainda ser atrativa, tem estado a descer no ranking e depois de dois anos como número um. Agora, oscila nas últimas posições do top 10.

SIC Notícias

Demasiado cara, suja, cheia de turistas, muito barulhenta, muito trânsito e pouco segura: é assim que Lisboa tem estado a ser descrita na Nomad List, a principal plataforma que junta nómadas digitais.

O site faz uma listagem diária das cidades mais e menos preferidas pela comunidade e depois de uma liderança incontestável de dois anos, a capital portuguesa desceu para os últimos lugares do top 10.

"A maioria dos nómadas adora Portugal, o único problema é que é difícil encontrar alojamento local e há muito turismo, está-se a tornar difícil circular no centro da cidade. Lisboa era muito competitiva porque tinha uma época baixa, deixámos de ser competitivos a nível de alojamento", explica Gonçalo Hall, presidente da Associação de Nómadas Digitais em Portugal.

Os nómadas digitais, que ficam em média dois meses, fazem uma distinção entre os turistas que visitam a cidade por poucos dias e os imigrantes e consideram que são os estrangeiros vindos de países ricos os responsáveis por aquela que é a principal consequência e crítica das populações locais: o aumento do custo de vida.

Os nómadas digitais têm um visto especial, que lhes permite viver e trabalhar fora durante um ano.

Além do regime fiscal mais atrativo, há cidades e regiões com programas de incentivo aos nómadas digitais, como é o caso da Madeira. O arquipélago que, ao contrário de Lisboa, está com a popularidade a crescer entre os nómadas digitais.

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