País

Lisboa aprova atribuição de Medalha de Honra a Francisco Pinto Balsemão

No contexto das comemorações dos 50 anos do semanário Expresso, e tendo em conta o “longo percurso de vida e obra, com reflexos diretos na cidade”, a Câmara de Lisboa aprovou a atribuição de Medalha de Honra da Cidade a Francisco Pinto Balsemão, “um homem a quem devemos muito”, disse Moedas.

SIC Notícias

Em reunião de Câmara, a autarquia de Lisboa aprovou a atribuição de uma medalha de honra a uma “figura singular na defesa de três liberdades: de pensamento, de expressão e de informação”, Francisco Pinto Balsemão. A proposta, feita pelo presidente Carlos Moedas, foi aprovada com 13 votos a favor, três abstenções e um voto branco.

O autarca da capital referiu-se Francisco Pinto Balsemão como uma “figura incontornável dos nossos tempos, que marcou a sociedade, lutou pela democracia e foi um grande jornalista”. Recordando o “primeiro editorial” no semanário Expresso, Carlos Moedas destacou também “o grande político, fundador de um dos maiores partidos do país, o PPD/PSD", e o “primeiro-ministro em momentos tão difíceis da nossa história”.

É, por isso, concluiu Moedas, “um homem a quem devemos muito”.

Na proposta, assinada pelo autarca do PSD, pode ler-se que: "Não é possível conhecer a vida de Francisco Pinto Balsemão sem analisar, em paralelo, a história recente de Portugal. Desde cedo que o seu nome fica associado ao jornalismo, à informação e à comunicação”, escreve o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, referindo-se a Francisco Pinto Balsemão como uma “figura singular na defesa de três liberdades: de pensamento, de expressão e de informação”.

“Assim, com base no seu longo percurso de vida e na sua obra, com reflexos diretos na cidade de Lisboa e nos seus habitantes, e no contexto das comemorações dos 50 anos do jornal Expresso, tenho a honra de propor que a Câmara Municipal de Lisboa delibere, (…), aprovar a atribuição de Medalha de Honra da Cidade a Francisco José Pereira Pinto Balsemão”.

Recuando até à década de 70, a autarquia destaca o nascimento do semanário Expresso. "Consciente da decadência da primavera marcelista, [Balsemão] decide fundar um jornal intitulado Expresso. Enquanto primeiro editor entre 1973 e 1979, baseia-se no paradigma material e estético britânico (os “jornais ingleses de domingo de qualidade”) e constrói um jornal composto por dois cadernos: o primeiro, com uma vertente noticiosa, e o segundo “convidando a reflexão e proporcionando entretenimento”.

“Se o 25 de Abril de 1974 constitui um ponto de viragem na construção de Portugal, também é verdade que representa uma grande mudança na vida de Francisco Pinto Balsemão. A intenção de instituir um regime democrático permite a criação de um novo partido político poucos dias depois da Revolução dos Cravos: a 6 de maio de 1974 é apresentado aos portugueses, através de Francisco Sá Carneiro, Joaquim Magalhães Mota e Francisco Pinto Balsemão, o PPD”.

O regresso à comunicação social acontece na década de 90, “mas, agora, com uma perspetiva de gestão. Destaca-se a criação da holding Impresa em 1991 com um objetivo muito claro: concorrer para lançar um canal privado de televisão, a Sociedade Independente de Comunicação (SIC)”.

“A primeira emissão da SIC ocorre em outubro de 1992 e, dessa forma, Francisco Pinto Balsemão contribui definitivamente para o fortalecimento do exercício da liberdade de informação em Portugal. Sendo um pioneiro na área da comunicação social em Portugal, (…) é igualmente responsável pela renovação dos media. Em 1997, o jornal Expresso lança o seu sítio on-line e em 2001 nasce a SIC Notícias, o primeiro canal com um ciclo noticioso de 24 horas em direto”.

Últimas