Os enfermeiros do setor privado da saúde cumprem esta quinta-feira, pela primeira vez, um dia de greve. São profissionais de 75 unidades de saúde do país. Reivindicam melhores condições de trabalho e aumentos salariais de 10%.
É um dia histórico da carreira dos 4.200 enfermeiros de unidades de saúde privadas. Pela primeira vez cumprem um dia de greve, recurso a que apenas têm recorrido, até aqui, os profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Os utentes que, esta quinta-feira, tinham procedimentos e consultas agendados na CUF Descobertas, em Lisboa, por exemplo, sentiram pouco o impacto da greve, ao longo da manhã.
Os enfermeiros de 75 unidades de saúde privadas reclamam a aplicação das 35 horas de trabalho semanal, aumentos salariais na casa dos 10%, maior compensação pelo trabalho por turnos e o pagamento do regime de prevenção.
A lista de reivindicações inclui também o alargamento do período de férias para os 25 dias úteis.
As negociações com a Associação Portuguesa da Hospitalização Privada prosseguem, mas as contrapropostas ainda não respondem às expectativas dos enfermeiros.