O hospital Beatriz Ângelo anunciou esta terça-feira que o serviço de Urgência Pediátrica vai passar a funcionar entre as 9:00 e as 21:00, a partir de 1 de março, de segunda a sexta-feira, pela “dificuldade de preenchimento das escalas”. O autarca Ricardo Leão já pediu uma reunião com caráter de urgência ao ministro Manuel Pizarro.
O Conselho de Administração do Hospital Beatriz Ângelo, juntamente com a Direção Executiva do SNS e com o Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, decidiu que a partir de dia 1 de março vai ter novos horários para os serviços de pediatria.
“Com o objetivo de garantir previsibilidade e segurança aos utentes, (…) informa que a partir desta quarta-feira, dia 1 de março, o Serviço de Urgência Pediátrica desta unidade passa a funcionar de segunda a sexta-feira, entre as 9:00 e as 21:00”.
A decisão é “transitória” e advém da “dificuldade e preenchimento das escalas que não foi possível ultrapassar”, segundo informa o hospital.
Para colmatar as dificuldades, e de acordo com as informações já divulgadas pelo Ministério da Saúde, vai ser apresentado o plano de reorganização dos Serviços de Urgência Pediátrica da Área Metropolitana de Lisboa na próxima semana.
Leão pede reunião urgente com Pizarro
Em reposta a esta decisão, o presidente da Câmara Municipal de Loures pediu esta terça-feira uma reunião de caráter urgente com o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, sobre o encerramento do serviço noturno na área de pediatria.
"O que já fiz foi falar com todos os presidentes de câmara e enviei um pedido de reunião" ao ministro, indicou o presidente do município à agência Lusa, apontando para a necessidade de encontrar soluções para os constrangimentos no hospital, que tem também fechado, de forma rotativa com outros serviços no distrito de Lisboa, as urgências de obstetrícia.
O autarca de Loures disse não ter sido contactado a propósito deste fecho e que soube destas informações "pela comunicação social".
O ministro da Saúde assumiu esta terça-feira que “é verdade que, no caso do hospital de Loures, o encerramento de uma parte dos serviços vai ocorrer mais cedo, apenas porque não há disponibilidade de profissionais”.