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"Mais de 23 mil professores" têm contratos a prazo ao fim de três "ou mais anos de serviço"

Mário Nogueira comenta a proposta do Governo que passará por vincular os professores após três anos de serviço a contrato.

SIC Notícias

O Governo vai propor aos sindicatos a vinculação de professores após três anos de serviço a contrato. Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, garante que “a luta” dos professores vai continuar se outras questões não forem resolvidas.

O secretário-geral da Fenprof começa por afirmar que a proposta do Governo "não diz nada" porque atualmente “já é assim”.

"O problema é que esses três contratos têm de obedecer a um conjunto de requisitos acrescidos que faz com que depois as pessoas não se vinculem ao fim de três contratos", explica.

Requisitos esses que fazem com que "mais de 23 mil professores" tenham contratos a prazo ao fim de três "ou mais anos de serviço".

O líder sindical refere ainda que os professores exigem ao Governo que avance com concursos extraordinários de vinculação que passe, numa primeira fase, pela vinculação de "todos os que estão com 10 ou mais anos de serviço".

Numa segunda fase, prossegue Mário Nogueira, todos os professores "que estão com cinco ou mais anos de serviço" devem ser vinculados. Numa terceira fase, a vinculação deve passar por "todos os que têm três ou mais anos de contrato".

Para o secretário-geral da Fenprof "as questões que se colocam nesta negociação em relação aos concursos não se esgotam na contratação", já que tudo depende do tipo de contratação que é feita.

Graduação profissional é o critério “menos imperfeito”

Acrescenta que a graduação profissional é um critério a que devem "obedecer todas as fases dos concursos", tanto para professores contratados como para professores dos quadros.

Este critério é, para Mário Nogueira, "o de todos o menos imperfeito porque é transparente e objetivo".

O líder sindical garante ainda que a colocação por conselhos locais de educação e a contratação por perfil de competências são duas linhas vermelhas que a Fenprof nunca deixará que sejam cruzadas.

Jovens sentem-se “afastados” da profissão

A classe trabalhadora está envelhecida e os jovens não se sentem atraídos pela profissão uma vez que existem vários problemas que "afastam" os mais novos, tais como, “os problemas de carreira, a desvalorização que ela (carreira) teve ao longo dos anos e o envelhecimento que fecha vagas à entrada na profissão dos mais jovens, já que os mais velhos não se podem aposentar”.

O que o sindicato espera por parte do Governo é que lhe seja entregue "um documento" nos próximos dias, caso contrário, diz Mário Nogueira, irá apelar aos docentes para que se concentrem junto ao ao Ministério da Educação, no próximo dia 20.

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