Os trabalhadores da Autoeuropa estão a cumprir o segundo e o último dia de greve parcial esta sexta-feira. A paragem de duas horas por turno tem afetado a produção, mas objetivo é exigir aumentos salariais.
O turno dos funcionários que fizeram greve na quinta-feira ao final da noite acabou e já centenas estão reunidos à porta da Autoeuropa, para mais duas horas de greve.
Os trabalhadores acusam a administração de falta de respostas e reivindicam um aumento salarial extraordinário de 5%, perante o aumento do custo de vida.
A empresa quer atribuir um prémio único de 400 euros, mas os funcionários dizem que essa proposta não é suficiente. Além disso, os trabalhadores da Autoeuropa denunciam o aumento dos problemas de saúde.
Os Sindicatos adiantam que a adesão à greve foi suficiente para parar várias áreas da fábrica.
"A produção está parada, a empresa não está a produzir nada", diz Nuno Santos, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE-SUL).
Entre esta quinta-feira e sexta-feira são quatro turnos, o que resulta em 8 horas de greve.
Paragem não afetou volume de produção planeado
Diferente são os dados revelados pela empresa. Em comunicado enviado às redações, a Autoeuropa refere que “apesar da paragem de duas horas por turno que se registou nos dias 17 e 18 de novembro, e que teve a adesão de 37% do total dos colaboradores, a Volkswagen Autoeuropa conseguiu cumprir o volume de produção planeado para estes dias”.
“Tal como comunicado no passado dia 15 de novembro, a empresa continua empenhada em ir ao encontro das necessidades dos trabalhadores, de modo a colmatar as dificuldades económicas atualmente sentidas por via do aumento generalizado da inflação” e, acrescenta, “para atingir este objetivo, está prevista para dia 25 deste mês uma reunião com a comissão de trabalhadores da Volkswagen Autoeuropa (CT), onde serão discutidas medidas salariais adicionais".
[Notícia atualizada às 18:23 com informação da Autoeuropa]