Os sindicatos dos enfermeiros voltaram esta quarta-feira ao Ministério da Saúde para negociar a progressão das carreiras. De lá saíram satisfeitos, mas sem recuar nos três dias de greve.
Estiveram reunidos com o secretários de Estado da Saúde de forma a verem cumpridas as exigências feitas. No final do encontro, na generalidade, mostraram-se satisfeitos com os resultados obtidos.
Pedro Costa, do Sindicato dos Enfermeiros, garantiu que o encontro foi positivo e deixou um sinal de esperança para o futuro.
“Saímos do Ministério com mais um avanço. Neste momento temos a certeza que vai ser aplicado a todos os enfermeiros a valorização. Os enfermeiros especialistas não vão perder a contagem dos pontos que detêm quando alteram a sua categoria”, informou o representante sindical.
Fernando Parreira, do Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem, admitiu que “fez-se justiça aos contratos individuais de trabalho” e que, daqui em diante, os profissionais serão mais valorizados.
“No SNS há dois regimes: o contrato individual de trabalho e o regime em contrato em funções públicas e hoje fez-se justiça aos contratos individuais de trabalho. Todo o tempo de serviço que eles têm no SNS será contado, será valorizado e vão ter uma evolução na carreira”, explicitou.
Acrescentou que o documento, apesar de representar uma melhoria, não agrada totalmente.
“Não existe um acordo total em termos de pagamento”
Paralisação mantém-se
Já José Carlos Martins, em representação do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, disse que mantém a sua posição e que a paralisação prevista para os dias 17, 22 e 23 de novembro se irá manter.
“Continuamos a não estar de acordo com o não pagamento dos devidos retroativos desde janeiro de 2018. O ministério da saúde continua a não clarificar a não penalização dos enfermeiros que foram promovidos em concursos e que tomaram posse em 2010 e 2011”, informou.