André Ventura afirmou esta segunda-feira, em entrevista à SIC Notícias, que já pediu um debate de urgência, a realizar esta semana, para ouvir a ministra da Saúde sobre o encerramento das urgências de obstetrícia sobretudo na região de Lisboa.
“A ministra da Saúde tem recusado dar a cara e anda desaparecida em combate. (…) A ideia que dá é que o Governo não tem nenhuma solução nem quer dar a cara pelos problemas”, afirma o líder do Chega.
Ventura diz ainda que pretende questionar Marta Temido sobre o caso da morte de um bebé nas Caldas da Rainha. “É preciso perceber se isto é um padrão ou um caso isolado”, afirma, referindo-se à grávida que perdeu o bebé alegadamente por falta de obstetras no hospital.
Na altura, o serviço de urgência em obstetrícia daquela unidade estava encerrado por falta de médicos.
Sobre possíveis soluções para o problema, o líder do Chega referiu que o Estado “tem o dever de assegurar a saúde de todos os portugueses”, razão pela qual propõe uma “sinergia” entre serviços público e privado.
“A incapacidade dos serviços públicos de darem resposta ao utente tem que levar a que o Estado se obrigue a fazê-lo no setor privado ou social sem custos para o utente. O que temos hoje é: se não há um serviço público, paciência, o utente fica à espera. Isto é da maior urgência de voltar a ser debatido na Assembleia da República“, concluiu.
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