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PCP diz que políticas europeias trazem riscos para Portugal

Para o secretário geral do PCP, o Orçamento do Estado é já uma consequência do que diz ser o seguidismo do Governo face à União Europeia.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou este sábado que a Conferência sobre o Futuro da Europa foi uma “farsa”, de onde saíram objetivos que diz representarem “perigos reais” para países como Portugal.

“O cardápio de objetivos recentemente saído da farsa que foi a chamada Conferência sobre o Futuro da Europa comporta perigos reais para países como Portugal”, sublinhou.

No encerramento da 10.ª Assembleia da Organização Regional de Coimbra, que decorreu esta tarde na Casa do Cinema de Coimbra, o líder do PCP disse estar a preparar-se a “usurpação de ainda mais poder aos Estados e sua concentração e centralização nas instituições da União Europeia, sob o domínio das principais potências e dos grandes interesses económicos”.

“Sabem que atacar as soberanias nacionais, esvaziar os centros de poder nacionais, mais próximos dos povos, e que estes mais diretamente controlam, constitui a forma de, mais facilmente, lhes impor políticas contrárias aos seus interesses”, referiu.

De acordo com o líder comunista, as relações de poder entre Estados ficarão mais desequilibradas “com o fim do princípio da unanimidade”, incluindo “em domínios tão importantes como a fiscalidade, as questões de defesa ou política externa, que tocam no âmago da soberania dos Estados”.

“A regra da unanimidade coloca em pé de igualdade no processo de decisão todos os Estados-Membros, sendo garantia de que nenhuma decisão será imposta contra os interesses de um Estado ou grupo minoritário de Estados”, justificou.

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