O Presidente do PSD disse esta quinta-feira que o povo não vota em quem grita mais alto com o Governo, justificando a estratégia de oposição que adotou com o Executivo de António Costa.
No discurso no Conselho Nacional, defendeu que o PSD só ganha as legislativas ao centro, se conseguir roubar votos ao Partido Socialista.
"As eleições ganham-se ao centro. À esquerda do PSD estão mais de 50% dos votos. Se me entreter a ir buscar mais um ou dois por cento ao CDS ou à Iniciativa Liberal ou ao Chega nunca chegarei ao valor que pretendo. Para chegar lá tenho que roubar ao Partido Socialista", esclareceu.
O líder dos sociais-democratas reiterou que "neste momento é rigorosamente evidente que o PSD está a subir e o PS a descer". E seguiu-se um aviso: "Se não tivermos juízo podemos destruir este momento".
Para Rui Rio, o povo vota "em quem se comporta de acordo com aquilo que é o lugar que quer disputar", neste caso, o cargo de primeiro-ministro. Quem se candidata a líder do Governo deve ter "um comportamento coincidente com aquilo que entende que dever ser um primeiro-ministro", declarou.
Pode ver aqui o discurso de Rui Rio na íntegra
Conselho Nacional do PSD rejeita proposta de Rio e aprova eleições a 4 de dezembro
O Conselho Nacional do PSD rejeitou esta quinta-feira a proposta da direção para adiar a marcação do calendário interno para depois da votação do Orçamento do Estado e aprovou a realização de eleições diretas para 4 de dezembro e o 39.º Congresso para entre 14 e 16 de janeiro, em Lisboa.
Segundo relatos feitos à Lusa, o requerimento de Rui Rio foi rejeitado com 71 votos contra, 40 a favor e 4 abstenções.
Com este 'chumbo' foi a votos a proposta inicial da direção enviada na quarta-feira a meio da tarde aos conselheiros nacionais que previa diretas a 4 de dezembro (com eventual segunda volta no dia 11) e Congresso entre 14 e 16 de janeiro.
-
Conselho Nacional do PSD rejeita proposta de Rio e aprova eleições a 4 de dezembro
-
Rui Rio acusa a oposição interna de ensaiar um assalto ao poder
- PSD: "Se Rui Rio não tem nada a temer, então que avance para eleições internas"
- Paulo Rangel vai candidatar-se à liderança do PSD
- OE 2022: críticas na bancada do PSD perante ausência de Rui Rio e demora a anunciar voto contra