OS FUNDAMENTOS PARA A DISSOLUÇÃO
A sindicância à Ordem dos Enfermeiros já terminou. A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) concluiu que há fundamentos para dissolver os órgãos da Ordem.
O relatório final, a que a SIC teve acesso em exclusivo, é claro: a Ordem denegou acesso a documentação. Foram encontrados gastos sem justiticação documentada e evidências da participação da bastonária na greve cirúrgica do início do ano.
A IGAS lembra que teve de chamar a PSP durante a sindicância e relata ter encontrado todos os armários fechados a cadeado quando esteve na sede da Ordem.
A Ordem mantém a posição de que a sindicância é ilegal e diz que ainda não foi notificada de qualquer decisão.
RELATÓRIO SEGUE PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO
O relatório preliminar da sindicância já tinha seguido para a Polícia Judiciária. O documento final segue agora para o Ministério Público, que terá de avaliar se há ou não fundamentos para a dissolução dos órgãos de gestão da Ordem dos Enfermeiros.
Há novas eleições em novembro, ou seja, mesmo que o tribunal decida pela perda de mandato, esse mandato já não estará em vigor.
BASTONÁRIA FALA EM "VINGANÇA DO GOVERNO"
A bastonária da Ordem dos Enfermeiros considera o resultado da sindicância "uma vingança do Governo", que já esperava.
"É uma vingança do Governo, porque este Governo já demonstrou o que faz às pessoas de quem não gosta e que não gosta daquilo que dizem. Não sou caso único. O presidente da Câmara de Mação e o presidente de um sindicado da PSP, esta semana, são também caso disso. Este é o 'modus operandi' do Governo e está à vista de todos", afirmou Ana Rita Cavaco em declarações à agência Lusa.