Com mais de 35 anos de experiência, Lucília Gago é especialista em Direito da família e já foi diretora do DIAP de Lisboa. Tem 62 anos e é licenciada em Direito pela Universidade de Lisboa.
O Presidente da República e o Governo falam de continuidade e sublinham que o princípio de limitação de mandatos imperou na decisão. Marcelo Rebelo de Sousa garante também que sempre defendeu a ideia de um mandato único e deixa bem claro o que espera de Lucília Gago:
A mesma ideia é defendida por António Costa, que insiste num mandato "longo e único" para a figura do procurador-geral da República:
No plano político, as reações vincaram-se pelo habitual contraste. Se a esquerda foi benévola, a direita assumiu uma posição peremptória - nada havia a mudar:
Mas curiosamente foi de fora da atual esfera de oposição que se ergueu a voz de maior condenação:
Sai-se do plano político mas, nem por isso, a discordância deixa de existir. Disso exemplo são o ex-procurador Souto de Moura, que diz que a Procuradoria saiu a ganhar, e o procurador distrital de Coimbra, Euclides Dâmaso, que fala em partidarização:
Sensivelmente um mês antes desta decisão ser oficializada, Luís Marques Mendes defendia, na SIC, que havia boas razões para a recondução de Joana Marques Vidal e que, caso tal não viesse a acontecer, cheirava "a esturro":
Joana Marques Vidal torna-se a procuradora a deixar o cargo com o maior números de casos mediáticos de sempre, com o foco a principal a incidir na inédita detenção, em Portugal, de um antigo primeiro-ministro:
Para Ricardo Costa, há elogios a fazer ao Governo pela forma como agiu na nomeação de Lucília Gago:
A nova procuradora-geral da República entra em funções a 12 de outubro, num mandato que se vai prolongar até 2024.