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Legislatura 2014-2019 do Parlamento Europeu arranca hoje com 21 deputados portugueses

O "novo" Parlamento Europeu (PE), saído das eleições europeias de maio, realiza a sua sessão constitutiva entre hoje e quinta-feira, em Estrasburgo, França, com os 21 deputados portugueses eleitos a ocuparem os seus lugares distribuídos por quatro bancadas.

© Jean-Marc Loos / Reuters

O primeiro dia da sessão plenária do PE que inaugura a legislatura 2014-2019  será marcada pela eleição do presidente da assembleia, devendo o cargo voltar  a ser ocupado pelo alemão Martin Schulz, em função do tradicional acordo  já estabelecido entre as duas maiores famílias políticas, Partido Popular  Europeu (PPE) e Socialistas Europeus (S&D), que contempla a "divisão" da  presidência, com um socialista a ocupar o cargo nos primeiros dois anos  e meio da legislatura, e uma figura do PPE a suceder-lhe em janeiro de 2017.

Além do presidente, serão eleitos os 14 vice-presidentes do PE para  a nova legislatura, que terá já um dos seus pontos altos daqui a duas semanas,  numa segunda sessão plenária em Estrasburgo, com a eleição do futuro presidente  da Comissão Europeia, indo a votos o nome do luxemburguês Jean-Claude Juncker,  designado na passada sexta-feira pelos chefes de Estado e de Governo da  União Europeia. 

Nesta primeira sessão, destaque também para três debates, com a participação  do ainda presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, designadamente  sobre os resultados do Conselho Europeu da semana passada (no qual foi confirmado  o nome de Juncker para o executivo comunitário), e ainda um de balanço da  presidência grega da UE no primeiro semestre do ano (com o primeiro-ministro  grego, Antonis Samaras), e outro de apresentação da presidência rotativa  de Itália no segundo semestre (com o chefe de governo italiano, Matteo Renzi).

Dos 751 eurodeputados da nova legislatura, 21 são portugueses - menos  um que na anterior legislatura, devido à adesão da Croácia -, que irão ficar  repartidos por quatro famílias políticas: os oito eleitos pelo PS integrarão  o grupo dos Socialistas Europeus (o segundo maior grupo, para já com 191  deputados), os sete eleitos da Aliança Portugal, coligação formada por PSD  e CDS-PP, fazem parte do PPE, que se mantém como a principal força (221  deputados), enquanto os três deputados da CDU e a deputada eleita pelo Bloco  de Esquerda estão juntos na bancada da Esquerda Unitária, e os dois deputados  eleitos pelo Movimento Partido da Terra (MPT) vão integrar a bancada dos  Liberais. 

Mais de metade dos eurodeputados portugueses (11 em 21) vão sentar-se  pela primeira vez no hemiciclo europeu.

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