País

Bolseiros de investigação científica marcam novo protesto para dia 29, para a Assembleia da República 

A Associação de Bolseiros de Investigação Científica  (ABIC), que organizou hoje um protesto em Lisboa contra os cortes no número  de bolsas de doutoramento e pós-doutoramento, marcou um novo protesto para  dia 29, para a Assembleia da República. 

Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da ABIC, João Pedro Ferreira, disse que o novo protesto vai realizar-se no dia em que será discutido  no parlamento um abaixo-assinado recolhido, no ano passado, contra o corte  na atribuição do número de bolsas. 

A fonte remeteu para mais tarde a definição dos contornos do protesto,  se será feito nas galerias ou no exterior da Assembleia da República. 

Segundo o dirigente, haverá, no mesmo dia, ações descentralizadas em  Coimbra, Porto e Aveiro, a determinar posteriormente. 

O protesto de hoje, que reuniu centenas de bolseiros, apoiados por cientistas  e professores, começou em frente à sede da Fundação para a Ciência e Tecnologia  (FCT), na Avenida D. Carlos I, onde terminou, ao fim de quase três horas,  depois de ter passado junto à residência oficial do primeiro-ministro, Pedro  Passos Coelho. 

Próximo da residência de São Bento, os manifestantes pediram a demissão  do Governo. Na receção, representantes da ABIC entregaram uma moção a pedir  a dignificação do emprego na ciência. 

Posteriormente, em frente à sede da FCT, entidade pública que atribui  as bolsas, os investigadores pediram a demissão do presidente, Miguel Seabra.

João Pedro Ferreira adiantou à Lusa que a ABIC pretendia que investigadores  excluídos das bolsas pudessem entrar na FCT e requerer a consulta dos seus  processos. 

Contudo, a PSP montou um perímetro de segurança, que impediu a entrada  dos bolseiros. 

De acordo com os resultados divulgados, na semana passada, pela Fundação  para a Ciência e Tecnologia, o concurso de 2013, com efeitos práticos em  2014, atribuiu, no total, menos 1.344 bolsas individuais de doutoramento  (menos 900) e pós-doutoramento (menos 444) face a 2012. 

Contactada pela Lusa, a Fundação para a Ciência e Tecnologia remeteu  uma reação ao protesto dos bolseiros para uma declaração escrita a enviar  às redações ainda hoje. 

Do Ministério da Educação e Ciência, que tutela o setor, não foi possível  ainda obter uma reação. 

 

Lusa

Últimas