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Professores voltam a mobilizar-se contra a prova atualmente suspensa 

Os professores que integram o movimento Boicote & Cerco voltam a reunir-se esta semana para decidir novas formas de mobilização contra a prova de acesso à carreira docente, atualmente suspensa por decisão  judicial, e preparar um encontro nacional. 

(Arquivo Reuters)
© Charles Platiau / Reuters

"A prova está suspensa, mas não está enterrada, continua no Estatuto  da Carreira Docente", disse hoje à agência Lusa o professor André Pestana,  porta-voz do movimento, antes da primeira de 15 reuniões regionais, que  esta noite têm início, em Faro. 

Ao todo são 15 cidades, onde os professores vão reunir-se com vista  à mobilização contra a prova, "caso surja um novo ataque por parte do Ministério  da Educação", afirmou. 

As reuniões servirão também para preparar um encontro nacional, a realizar  a 01 de fevereiro em Coimbra, em que será discutida a criação oficial de  um novo movimento nacional de professores, acrescentou. 

A prova imposta aos professores contratados realizou-se no dia 18 de  dezembro, mas apenas foi concretizada por cerca de metade dos professores,  segundo estimativas sindicais. 

Dados do Ministério da Educação indicavam, mais tarde, que menos de  30 por cento dos professores contratados inscritos na Prova de Avaliação  de Conhecimentos e Capacidades (PACC) foram afetados pela greve marcada  pelos sindicatos pelos e incidentes ocorridos nesse dia. 

Na terça-feira, a Fenprof e outros cinco sindicatos de professores foram  ouvidos pelos deputados da Comissão de Educação, Ciência e Cultura, da Assembleia  da República, para denunciar o quadro "absolutamente grotesco" em que se  realizou a prova de avaliação docente. 

O Ministério da Educação anunciou na altura que iria recorrer da decisão  de dois tribunais de suspender a prova, pelo que o processo não está encerrado.

Além de Faro, os professores têm encontros programados em Viana do Castelo,  Braga, Guimarães, Vila Real, Porto, Viseu, Aveiro, Coimbra, Elvas, Guarda,  Évora, Lisboa, Almada e Barreiro.  

 

Lusa

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