A dieta mediterrânica foi hoje classificada como Património Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em Baku, no Azerbaijão, uma decisão tomada durante a 8. Sessão do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO.
Em comunicado a Direção Geral da Saúde salienta a "proteção especial" que será dada a partir de agora a este "património alimentar", e lembra a importância e a urgência de preservar e divulgar a dieta mediterrânica, como já tinha defendido.
Alterações demográficas e socioculturais e a massificação dos consumos levaram a uma "erosão dos valores base deste património cultural comum com consequências para a saúde e bem-estar das populações", diz ainda o comunicado.
A dieta mediterrânica, com origem no termo grego "daiata", é um estilo de vida transmitido de geração em geração, que abrange técnicas e práticas produtivas, nomeadamente de agricultura e pescas, formas de preparação, confeção e consumo dos alimentos, festividades, tradições orais e expressões artísticas.
A candidatura da dieta mediterrânica a património imaterial da Humanidade foi promovida por Portugal, em articulação com Chipre e Croácia. A sua aprovação alarga o reconhecimento da dieta mediterrânica a estes países, depois de a Grécia, Espanha, Itália e Marrocos terem visto, em novembro de 2010, as suas dietas mediterrânicas na lista do património imaterial da UNESCO.
Lusa