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Suspensa greve no Metro de Lisboa

A Federação dos Sindicatos de Transportes e  Comunicações (Fectrans) suspendeu hoje a paralisação convocada para terça-feira  para o Metropolitano de Lisboa e substituiu-a por "um dia de luto", mas  não retirou o pré-aviso de greve. 

(Lusa/Arquivo)
(Lusa/(Arquivo)

"Os trabalhadores decidiram suspender a luta de amanhã (terça-feira),  transformando-a num dia de luto e remeter para a reunião do setor dos transportes,  no dia 16, a nossa proposta de intensificar a luta pela via da greve", disse  Anabela Carvalheira à Lusa. 

No entanto, a sindicalista disse que não foi retirado o pré-aviso de  greve, pelo que "quem quiser fazer greve, pode fazer". 

Quem for trabalhar, deve "usar um símbolo negro durante o dia de trabalho".

Esta decisão surge na sequência de o Tribunal Arbitral do Conselho Económico  e Social (CES) ter decretado serviços mínimos para a greve marcada para  terça-feira e que, segundo o sindicato, obrigam muitos trabalhadores a prestarem  serviço. 

Segundo Anabela Carvalheira, está a impedir-se que "muitos trabalhadores  exerçam o direito à greve". 

"A jurisprudência sempre considerou que serviços mínimos põem em causa  a segurança dos trabalhadores e dos passageiros e tiram o direito à greve.  O Conselho foi contrário a esta jurisprudência", lamentou hoje de manhã  a sindicalista, numa conferência de imprensa. 

Os trabalhadores do Metro contestam os "cortes brutais dos salários,  os aumentos brutais dos impostos, a degradação das condições de trabalho  e das estações e a concessão da empresa a privados". 

 

Lusa

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