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Câmara de Lisboa admite dificuldade nas comunicações no simulacro de incêndio no Chiado 

O vereador da Proteção Civil de Lisboa, Manuel  Brito, admitiu hoje alguma dificuldade nas comunicações entre bombeiros  da capital e de corporações de outros concelhos durante o simulacro de incêndio  no Chiado, que decorreu no domingo. 

LUSA

O Jornal de Notícias refere hoje que corporações de bombeiros apontaram  falhas nas comunicações no simulacro de um novo incêndio no Chiado e cita  críticas do candidato do PSD à Câmara de Lisboa, Fernando Seara, a esta  questão. 

Contactado pela agência Lusa, Manuel Brito admitiu que "essa questão  foi levantada", esclarecendo que os Sapadores Bombeiros (RSB) e os Bombeiros  Voluntários de Lisboa usam o sistema de comunicações SIRESP (Sistema Integrado  das Redes de Emergência e Segurança de Portugal), mas outras corporações  não. 

"A Câmara de Lisboa integra o SIRESP porque quis integrar. Há cerca  de dois anos comprámos cerca de 700 rádios para o Regimento de Sapadores  Bombeiros, que os distribuiu também por todas as corporações de bombeiros  voluntários da cidade. Por isso, os bombeiros voluntários e os sapadores  estão integrados no mesmo sistema. As outras corporações  1/8que não aderiram 3/8  não", explicou. 

No entanto, o autarca disse ter "alguma dificuldade" em aceitar os comentários  de presidentes de câmara: "Fernando Seara podia ter adquirido este sistema  em Sintra e não o fez. Por isso não critique Lisboa", afirmou. 

O vereador da Proteção Civil disse que além da facilidade na comunicação  entre as diferentes forças de socorro e segurança que integram o SIRESP  - RSB, Voluntários, Polícia e Proteção Civil municipais, PSP e PJ -, este  sistema tem a vantagem de ter um botão de emergência que "em caso de risco  de vida o operacional pode ser rapidamente localizado". 

Entre as desvantagens, Manuel Brito admite as dificuldades em comunicar  com entidades que não aderiram ao sistema. Ainda assim, afirmou que essa  pode ser "uma boa oportunidade e estímulo para que as autarquias adquiram  esse sistema". 

O autarca socialista disse ainda que, entre as vantagens do sistema,  está a fiabilidade e qualidade da comunicação. 

No domingo, dia em que se assinalaram 25 anos sobre aquele que ficou  conhecido como o incêndio do Chiado, que destruiu 18 edifícios daquela zona  histórica de Lisboa, matou duas pessoas e feriu mais de meia centena delas,  a Câmara de Lisboa organizou um simulacro de incêndio. 

Na altura, o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, considerou  que o simulacro demonstrou que a cidade está hoje mais preparada para responder  a uma situação de incêndio do que há 25 anos, mas alertou para a existência  de outros riscos, "designadamente o risco sísmico" e para a imprevisibilidade  de situações reais. 

Lusa

 

     

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