País

Início do julgamento da atriz Sónia Brazão adiado para 1 de outubro 

O início do julgamento de Sónia Brazão, acusada  do crime de libertação de gases asfixiantes e de explosão, resultante de  conduta negligente, punível até cinco anos de prisão, foi adiado para 01  de outubro, informou o advogado da atriz. 

O julgamento estava previsto começar a 05 de março, mas o advogado da  atriz explicou hoje à agência Lusa que o adiamento se deveu ao facto de  ter contestado os pedidos de indemnização apresentados por "cinco ou seis  vizinhos" da atriz, no valor de "dezenas de milhares de euros". 

Jorge Pracana acrescentou que a primeira sessão ficou agendada para  1 de outubro no Tribunal de Oeiras. 

A 3 de junho de 2011, uma explosão ocorrida no quarto andar do número  73 da Avenida da República, em Algés, na casa da atriz, causou dois feridos  e provocou estragos em dezenas de viaturas e várias casas vizinhas. 

Sónia Brazão está acusada pelo Ministério Público (MP) da prática de  um crime de libertação de gases asfixiantes e de explosão. Tendo em conta  a conduta negligente da atriz, o crime tem uma moldura penal até cinco anos  de prisão. 

Segundo a acusação, a arguida terá provocado uma libertação de gás intencional,  através da abertura dos bicos do fogão, que provocou uma explosão que destruiu  o seu apartamento, em Algés, concelho de Oeiras. 

Na investigação, a Polícia Judiciária (PJ) apontou no sentido de a atriz  ter "intencionalmente aberto os bicos do fogão", provocando uma libertação  excessiva de gás, "mas sem intenção de originar uma explosão no apartamento".

As autoridades concluíram que não era intenção da arguida, que sofreu  queimaduras de 2. e 3. graus no corpo e esteve internada com prognóstico  muito reservado, fazer explodir o seu apartamento. 

A explosão, ocorrida ao fim da tarde de uma sexta-feira, causou dois  feridos e significativa destruição material no edifício, nos prédios vizinhos  e em viaturas que se encontravam na rua. 

Nas diligências de prova, o MP analisou relatórios de ocorrência da  Proteção Civil, da EDP e da Digal (empresa de gás), recolheu documentação  clínica relativa ao atendimento e exame médico de dois feridos resultantes  da explosão, e à identificação e inquirição do técnico da companhia de gás  que foi chamado ao local após a explosão. 

  Lusa

Últimas